terça-feira, 8 de outubro de 2013

danos colaterais.

       não me lembro de ter ouvido esta canção no concerto do Jorge Palma o ano passado, no TAGV. 
       somente agora, que a oiço em modo repeat, encontrei a explicação.
       pois bem,
      achei apropriado levar os dois miúdos cá de casa, sete e nove frescos e pujantes anos. entre a nona e a décima canção engalfinham-se um no outro, desatando à cacetada. nunca visto. fiquei envergonhadíssima e capaz de entrar na briga contra os dois. "quando é que isto acaba" "quando é que isto acaba", foi o que deles mais ouvi.
     como se não bastasse ter uma bancada inteira do camarote a assistir a uma briga de infantes irmãos, na cadeira ao meu lado, um jovem senhor cinco a seis vezes o meu tamanho em toda a escala, desbravava uma batalha consigo mesmo, em tentativas inúteis de segurar os efeitos danosos dos gases que lhe íam saindo sabe deus por onde. desde que se sentou e assim que se levantou. mais uma vez envergonhadíssima, solidária com o pensamento (é certinho) de todos aqueles que o ladeavam: "espero bem que não achem que fui eu".

    não estavam reunidas as condições para eu poder dizer, sequer, que fui ao concerto do Jorge Palma pois foi como se não tivesse estado lá.



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