sábado, 29 de setembro de 2012
cresce que isso passa.
Os doces, esses patrocinadores de aumentos de massa gorda que aguçam se não a minha inteligência, ao menos a criatividade que por horas mortas de cansaço ainda se em mim reconhece, têm que acabar de vez. Quer se apresentem em forma de super-sexy cup-cakes, chocolates suíços em mínimos de cacau a oitenta por cento ou bolas de gelado de sonoridade arrastadamente italiana ele há-de haver um fim que isto de se comer uma viennetta inteira em pouco mais de duas horas não pode acabar bem. Vamos lá a uma psicoterapia, se faz favor. deite-se.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
maluquices
Lembrei-me hoje a despropósito e enquanto metia a agulheta no depósito da gasolina, do poema de Fernando Pessoa que conheci no meu livro da 3ª ou 4ª classe, já rolam quase 30 anos. Segurando com algum vigor a pistola do combustível, senti-lhe a pulsão e adivinhei em três segundos ou menos os versos que o compunham:
"viajar!
perder-se em países. e porque a alma tem raízes, viver e reviver somente..."
Assim que a oportunidade de confirmação surgiu, corei de embaraço e reli o poema que me fez copiar vezes sem conta o desenho que o acompanhava. Afinal,
Fernando Pessoa
terça-feira, 18 de setembro de 2012
sagres
A madeira e o ferro, indiferentes à passagem do tempo. os dois formam a porta. Aquela que me abre hoje caminho à partilha iniciada noutro tempo e em cadernos de dúzia e meia de folhas. Nessoutro tempo as letras organizavam-se em palavras que, sem intenção de nada que não fosse recolherem-se nos sussurros do autor, reviravam nele, retornando a ele. A paixão de anna são muitas e todas francas.
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