subir o Douro e descê-lo é o perigo maior que se pode experimentar.
chega-se carregado de cestas de emoções trocadas às linhas tortas que julgamos saber endireitar.
o Douro é contemplativo e um colosso de terra quente a que se amarram as vinhas poderosas encaixadas à força pelo trabalho do homem. esconde segredos que lá ficam agarrados às videiras como os cachos das uvas pendurados, em espera lenta pelo tempo de maturação.
o Douro encosta-se ao ouvido e arrepia-nos a espinha de paixão.
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