Nada entre dois apaixonados os pode dividir.
Uma estrada de asfalto e algum mato à mistura leva os meus dois amantes ao início da vida. Várias vezes, como se fosse a primeira. Mas são quatro os elementos que percorrem descendentemente os dois pontos no mapa. Eles e as suas bicicletas. Os alforges a romantizar o quadro já de si poético, em catarse hiperbólica que me puxa os sentidos. Estou por cá, a norte, noutro ponto do mapa, em deambulações e quadros imaginários com vários contactos à terra do romance. Para me certificar e poder viajar, também eu com eles. E sem a minha bicicleta que jamais aguentaria a jornada a que assisto, morta de inveja, roída de saudades, pois poderia perfeitamente eu ser ele, com ela, como fomos e somos muitas vezes.
Só quem nunca nos viu, perdidas as duas, num comboio nas linhas ferroviárias no centro de Itália estranhará esta minha divagação.
Só quem nunca nos viu, perdidas as duas, num comboio nas linhas ferroviárias no centro de Itália estranhará esta minha divagação.
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