quinta-feira, 19 de setembro de 2013


   
 acho que me detive, muito quieta alcançado o último degrau que me deu acesso ao mezzanine poeirento e mal iluminado a não ser pelos olhos claros, límpidos e meigos para onde nunca olhei quando escutava as suas composições.
      trouxe-o para casa para lá do tamanho real, debaixo do braço, meio tombado, carcomido nas extremidades do retrato colado na tábua de contraplacado naturalmente barato. trouxe-o porque me apaixonei.

     agora olho para ele quando entro na minha sala com uma sensação que é ele que me segue os movimentos com o seu olhar fixo que há-de ter tanto para lá da magnífica cor dos seus olhos.

Nenhum comentário: