terça-feira, 9 de julho de 2013

     desse lado direito, em fragmentos polaroidianos encontra-se repousado o meu quase - quotidiano. não se iludam com as aparências. é que há momentos misturados no tempo, debruçados neste tempo, entrelaçados na fotografia seguinte. e também não.
 
     apeteceu-me sábado de manhã uma esplanada. por saber, talvez, que o dia se esticava  para lá do que os graus celsius permitiriam em exposição. uma esplanada e o primeiro café. o eleito, o que se me cola à língua, abrindo em flor as papilas que a povoam.
     antes, desfilei pelo corredor da livraria do café da esplanada apetecida e nas prateleiras da segunda cortada do lado direito retirei o livro que escondera há uns dias e que apenas eu sabia que me estava destinado.
     sentei-me recolhida no inferno da esplanada e enquanto abria o livro para lhe retirar o pensamento, lembrei-me que me havia esquecido do prazer da frescura que é, na estação quente do ano, beber um  mazagran. ao invés do habitual café quente.
     fechei o livro, recolhido no colo das minhas pernas nuas, e os melhores cinco minutos do dia ficaram registados na simplicidade de uns cubos de gelo, torrões de café, umas gotas de limão e o sabor suave da canela.
      

Nenhum comentário: