quarta-feira, 26 de junho de 2013

real no monte, real no porte e na elegância.

    desfazia asfalto sem vontade de voltar ao local de onde partira. em trabalho. desfazia os nós, desviando-me dos buracos e atenta às curvas de uma estrada quase desconhecida. era hora de apaziguar a fome que me consumia o estômago e em boa hora me enganei no caminho que continuei, janelas fechadas para sentir o máximo fresco do ar condicionado do carro.
      lá fora, um sol a trinta e tal graus derretia qualquer intenção de passeio. para mais sem companhia que não se cingisse à última Evasões, comprada na véspera. parei uns tempos à frente, no centro de Monte Real, frente ao elegante edifício rosa, alinhado na sua arquitetura moderna do início do século passado. Palace de Monte Real, indicação cimeira do monumento termal.
     brilhante inquietação! subi a escadaria, entrei na renovada sala de refeições, pude escolher uma mesa estratégica à apanha do movimento e ao discorrer da minha imaginação e só depois de me sentar, então olhei para o lado esquerdo, descobrindo-me sentada, uns quarenta anos mais à frente mas a mesma capacidade de apreciar cada segundo da vida, cada golfada de ar que me entra nos pulmões. 

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