segunda-feira, 14 de novembro de 2016

no calor destes nórdicos







                                             "Winning A Battle, Losing The War"


Even though I'll never need her,
even though she's only giving me pain,
I'll be on my knees to feed her,
spend a day to make her smile again
Even though I'll never need her,
even though she's only giving me pain
As the world is soft around her,
leaving me with nothing to disdain.

Even though I'm not her minder,
even though she doesn't want me around,
I am on my feet to find her,
to make sure that she is safe and sound.
Even though I'm not her minder,
even though she doesn't want me around,
I am on my feet to find her,
to make sure that she is safe from harm.

The sun sets on the war,
the day breaks and everything is new...

"""""



foi a alvura da rotina de três dias a sul
do golfo finlandês que me trouxe as notas e as letras de Erlend Oye
o frio a bater-me na pele lembrando-me que passaram entretanto sete invernos
onde se perderam muitas promessas veladas à custa de outros tantos silêncios.


por isso nem sei que dia foi ontem, antes de ontem ou mesmo hoje. sei que amanhã estarei novamente acordada. 

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Tel & Man

    veio-me parar às mãos, aos ouvidos melhor dizendo que foi assim que me chegou e enviada a muitos kilómetros de distância dois mundos separados por dois pontos, o emissor e o recetor, duas línguas diferentes, as mais faladas, talvez, no mundo.

     a música estreita laços cria ligações nem que sejam as que pensamos existirem por causa do efeito que as notas e, às vezes (para mim não) as letras estabelecem no nosso corpo no nosso cérebro em pulos inexplicáveis de arrebatadora paixão. 

     leio  António Lobo Antunes e oiço-lhe a escrita corrida sem vírgulas ou pontos muito pior que Saramago que todos dizem à boca cheia não conseguirem ler por falta de pontuação. serão por certo os mesmo que nunca leram nem Saramago nem António Lobo Antunes.

      leio-lhe o último livro e por lhe ouvir essa escrita colo a minha à sua corrida em meia dúzia de linhas que se me arrancam do peito inflamado à falta de nicotina (e eu não fumo).



terça-feira, 1 de novembro de 2016

esqueci-me de ti


     "Às vezes não é que esteja triste, não estou triste, nunca mais estive triste, acabou-se a tristeza em mim, triste era a névoa quando as traineiras regressavam em dezembro e a praia parecia baloiçar com homens de capa de oleado lá dentro, perseguidos por gaivotas que bicavam as redes tentando despedaçar o peixe, as lanternas quietas e os motores a calarem-se na areia, não é que me sinta mal, não sinto nada, posso dizer que não sinto absolutamente nada quando a senhora de idade me obriga a sentar na sala a seguir ao almoço amaciando-me as costas com uma almofada"
"Para Aquela que Está Sentada no Escuro à Minha Espera" - António Lobo Antunes