terça-feira, 28 de junho de 2016

três meses nos separam

    "não  te detenhas nessa tristeza infantil, previsível e estudada que o mundo é maior do que julgas. tens apenas dezassete anos que é tão pouco, filho. revolta-te com o essencial não com o superficial. abre-te ao que sabes fazer, à tua veia magnífica de criatividade segura e transbordante. apaixona-te."
A do A, no Alentejo, perdida no tempo, construindo histórias nas pedras dos montes.

     em abril, subia o pássaro de metal inteiro aos céus, em descolagem com destino prometido à ilha capital das nove ilhas, iniciei e acabei nesse vôo a leitura de "Alentejo Prometido", de Henrique Raposo, que acompanhei com  a canção em modo repeat "burn it when i die" de Flip Grater. não sei, por isso, quantas vezes a ouvi mas a repetição faz-me colar a Marta, que ele diz ser o Alentejo ou a exceção ao Alentejo (agora digo-o eu) à canção. a peregrinação pelos pontos familiares da infância do Henrique à tristeza que esta canção recalca. um livro e a mesma canção.




     iniciei hoje "As Curvas do Tempo" plasmadas nas Memórias de Oscar Niemeyer que espero acabar amanhã que esta noite não me ajuda. já a meio devoro com a mesma cadência e do princípio ao fim e depois do fim ao seu princípio o álbum "i am a bird now", dos Antony & the Johnsons. a mesma repetição. as mesmas palavras, aquele sotaque. as mesmas canções.







quinta-feira, 2 de junho de 2016

lavro escrituras e testamentos.
por vezes penso que hei-de acrescentar, em tempo, a este verbo a terra que lavrarei nem que seja para ver crescer os coentros, a salsa, o basílico e todas as ervas com que tempero a minha vida.